domingo, 1 de maio de 2011

Primeiro de Maio, precário




Houve um tempo, e não vai há muito, que eu considerava que, para ajuizar da justeza e interesse profissional de um trabalhador, para a mais valia de uma empresa, através da legislação laboral em vigor para os contractos, 18 meses de experiência e análise crítica, não eram demais. Eram, apenas, o minimamente suficiente. Sei, hoje, que os trabalhadores precários e a recibo verde, em Portugal, são mais de 20% da força trabalhadora, quase todos jovens, a maior parte dos quais, do Estado: é uma hipocrisia monstruosa! Como posso aceitar que este estado de coisas provenha de um governo socialista, em princípio, solidário e de esquerda?


Mas, depois, há os outros precários... Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, que deu a cara, honradamente, e o sono tranquilo, para fazer face às agências de ratos, às bocas foleiras, ao egoismo cego da UE, às oposições populistas e demagógicas, à irresponsabilidade dos outros, com manifesta hombridade e atitude sincera, foi, pura e simplesmente, abandonado pelo PS, como um leão moribundo ao escoicear dos asnos. Não fossem hoje as palavras justas de Manuel Alegre, com o desassombro equilibrado que lhe é peculiar, e eu teria descrido, em absoluto, da Esquerda portuguesa ( no meio desta esquerda europeia de celulóide e gelatina), para sempre.


Viva o 1º de Maio!

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