quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fragmentos, ao final do dia


Inabitual a véspera, a manhã seguinte foi difusa. Poucas palavras, bons entendimentos. Mas quando o exterior não se organiza e é disperso, a absorção é mais dífícil, áspera - deixa sequelas por resolver, equilíbrios adiados, por dentro. E palavras que não chegaram a ser ditas, borbulhando na memória. O remate e o cansaço do dia podem ajudar, e muito.Com esta lua grande (Jimenez), em frente, espelhada no rio, quase não se pode resistir. David Mourão-Ferreira morreu hoje, há quinze anos atrás. Mas eu lembro-me é de Drummond: "...mas esta lua, mas este conhaque/ botam a gente comovida como o diabo..." (citado de memória). Valha-nos isso, para a noite ser mansa. E tranquila no espírito.

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