Não foram ms e HMJ manterem-me actualizados na informação de novas tecnologias ou das diabruras perversas do "sistema", e eu seria um ignorante e impenitente ser humano que ainda escreveria à máquina, teria desconfiança em relação à informática e computadores e não saberia aceder à net. Em suma: velho e desactualizado em relação à modernidade. Até aqui, é um prefácio votivo e uma dedicatória. Vamos ao passo seguinte e ao cerne da questão. Segue.
O primeiro frigorífico que entrou na minha casa de infância e adolescência, em 1952, era um "Frigidaire", pesado como um cofre monobloco de uma grande empresa e, tão grande, que ficou na garagem da casa. Em 1985, ainda funcionava, razoavelmente - 33 anos de vida, como Cristo!... O primeiro frigorífico que eu comprei, morreu na adolescência: durou 15 anos; o segundo deu a alma ao criador com 12 anos, apenas. E tive de comprar outro. Etc...
Há dias, e com a núbil idade de 5 anos, o écran ou monitor do meu computador pifou. Liguei-o várias vezes, nada. Ficava quase de imediato cinzento, cheio de linhas mortais. Absolutamente inútil e morto para o trabalho. Lá tive de comprar um novo. Mas antes, informei-me junto de fontes conhecedoras e credíveis. A conclusão a que cheguei foi que os monitores vão muito pouco além do prazo de garantia, ou seja, pouco mais de três anos.
Não foi inteira surpresa. Através de ms, que me contou a história e me indicou alguns vídeos elucidativos, tive conhecimento da estratégia dos cartéis perversos que dominam o sistema deste nosso mundo. A utilização dos equipamentos industriais e tecnológicos é definida, à partida, pelos fabricantes, e quase nada depende dos utilizadores. O tempo de vida das máquinas está estabelecido, cartelizado e previsto, irremediavelmente, por quem as fabrica. O comprador é, sempre, um utilizador a curto prazo.
Aí vai um exemplo, também concreto e histórico, provado e exacto - verdadeiro. Foi Thomas Alva Edison (1847-1931) que inventou a lâmpada eléctrica. De início, essas lâmpadas duravam cerca de 800 horas. Foram aperfeiçoadas: passaram a acender 1.200 e, mais tarde, 1.500 horas. Há 3 ou 4 anos, num quartel de bombeiros americanos fizeram uma festa, porque se aperceberam que tinham uma lâmpada eléctrica que já funcionava há mais de 100 anos. Duração de vida centenária, portanto. Mas isto não convinha aos fabricantes... Assim, por volta dos anos 20 do século passado, a corporação dos fabricantes de lâmpadas eléctricas, em reunião e cartel, acertou que as lâmpadas não poderiam trabalhar e acender mais do que 1.000 horas. Tinham que fundir, por essa altura. E qualquer empresa que as fabricasse com mais longevidade pagaria uma multa pesadíssima, a favor do cartel. E assim se definiu o tempo de vida e de utilização das lâmpadas eléctricas, pelas regras do sistema perverso que governa o mundo.
Falta saber, hoje, que perversidade se esconde sobre a obrigatoriedade de usar as "maravilhosas" lâmpadas de halogéneo. Caridade e protecção do ambiente não foi, com certeza...
Não resisto a deixar o link sobre o tal cartel Phoebus: http://www.youtube.com/watch?v=pDPsWANkS-g
ResponderEliminarMuito grato pelo aditamento. Abraço.
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