"...Aprender quasi sempre é esquecer; affirmar quasi sempre é negar: esquecer o que aprendemos; negar o que nós proprios affirmámos. É por isso que, no meio de milhões de dúvidas, cada geração lega à que lhe succede poucas verdades incontrastaveis, e que a lentidão do progresso real é um bem triste e desenganador dynamometro de tão limitada potencia das faculdades humanas. Não assim pelo que toca às formulas externas das manifestações do espírito. O incompleto, o barbaro, o vicioso, o tolhido, o desordenado, o obscuro não são o revolutear do oceano das idéas: são simplesmente ignorancia ou preguiçoso desalinho, mais ou menos indesculpaveis. ..."
Alexandre Herculano, in Advertencia Prévia aos Opusculos (1873).
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