Dizia-se, na tropa: A antiguidade é um posto! No caso dos vinhos, tintos, é um risco. Que, às vezes, compensa principescamente. Lembro-me de um Garrafeira Aliança de 1960, que bebi em 2001 e estava um esplendor. Com 41 anos de idade, portanto. Em 1979, pelo Natal, e para acompanhar um queijo da Serra, abri com 30 anos, robustos ainda, um Garrafeira CRF 1949, que se portou lindamente e de feição.
Por cá, ninguém arrisca prognosticar a vida útil dos vinhos. Nenhum terá a resiliência garantida dos Sauternes ou dos Château d'Yquem. Mas há caves portuguesas que conservam algumas antiguidades preciosas. E, é claro, que para lá dos Vintage Porto que, nesse aspecto, se conservam gloriosamente. Lembro-me de uns cálices de um desses néctares, de 1871, que provei nos anos 80, do século passado. E que nunca esquecerei (tinha sido decantado e reengarrafado em 1973).
Vem isto à colação, para aqui agradecer fraternalmente ao meu amigo C. S., o ter aberto, com ímpar generosidade, o seu último Vinha Grande 1974, da Casa Ferreirinha, no almoço do passado Domingo. Recorde para mim do vinho mais velho que até hoje bebi, com a sua idade de 44 anos, maravilhosos. O vinho estava simplesmente excepcional...
Isso são garrafeiras bem arrumadas e classificadas. :)
ResponderEliminarBom dia!
Eu, na minha ignorância, nem conheço o vinho Casa Grande. Casa Ferreirinha, sim - também era demais! :-)
ResponderEliminarBoas provas!
Na consagrada hierarquia douriense da Ferreirinha (hoje, Sogrape) é o terceiro Mercedes-Benz: 1º, o Barca Velha, depois, o Reserva Especial, e, em terceiro lugar, o Vinha Grande.
EliminarO meu amigo C. S. tem uma magnífica Adega, com algumas preciosidades...
Bom dia.
Um dos meus sonhos é beber um Vinho do Porto do ano em que nasci. Não percebendo nada do assunto, não sei se foi um bom ano ou não para os Portos. É sempre bom passar por aqui e ficar a saber mais qualquer coisa de vinhos. Continuo a ter dificuldade em beber vinho tinto, saboreio melhor branco ou rosé. Pode ser que um dia se dê o clic.
ResponderEliminarBom dia
Talvez não seja difícil realizar a sua vontade. A década de 60, que creio ser a sua, foi pródiga em declarações de Vintage, no que diz respeito ao Vinho do Porto.
EliminarQuanto ao tinto, sugiro-lhe que, no pico do Inverno e perante um bom queijo da Serra, abro um Dão, de 4 a 8 anos, que por essa altura deve estar aveludado e elegante, como é habitual. De preferência lotado com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen. Evite os compostos com Alfrocheiro e Rufete.
Obrigado, também, pelas suas palavras.