Filha de cantores de ópera, a pintora norte-americana Gertrude Abercrombie (1909-1977) passou três anos da sua infância na Alemanha, tendo-se fixado, a partir de 1916, em Chicago. Completou o curso de Belas Artes e começou a pintar cedo, tendo tido algum sucesso com as suas primeiras exposições. Era grande entusiasta de Jazz e contava, entre os seus amigos, com Charlie Parker, Sarah Vaughan e Dizzie Gillespie, tendo este último tocado na cerimónia do seu segundo casamento.
A sua pintura é um pouco desconcertante, com algo de naïf, pelos temas e despojamento de cenários, sendo de difícil classificação, muito embora os críticos de arte a incluam, normalmente, no Surrealismo. Diversos auto-retratos, naturezas mortas e paisagens quase desérticas, bem como cenas de interior, são predominantes na sua obra. A que acrescentava, com alguma frequência, gatos e caracóis, como se fossem uma espécie de ex-libris. Ou outros pequenos símbolos.
A meio da vida, exprimiu a sua maneira de ser e de pintar, de forma lapidar, assim: Não estou interessada em coisas complicadas, nem em lugares comuns. Gosto de pintar coisas simples, mas que sejam um pouco estranhas.
Gosto sobretudo da última. Bom dia!
ResponderEliminarAté pela diferença, também gosto bastante do auto-retrato.
EliminarBom dia.