Agosto era, por essa altura de Férias Grandes, o grande espaço de liberdade. E aventura, pensava eu.
A 15, em pré ou semi-balanço, eu concluía que não tinha acontecido nada, de novo. A 24 ou 25 do mês, temia, desesperançado, o próximo fim da aventura, porque faltava apenas uma semana para o fim do mês. O cenário, durante esses primeiros anos da minha vida, era o mesmo, em Agosto.
Mas foi preciso quase chegar ao fim da juventude, para que as aventuras acontecessem. Em 1963 ou 1964, pelas areias, então quase desertas, de A-ver-o-Mar. Seis anos mais tarde, em episódio inesperado, que aqui contei em 16/6/2010 (Bibliofilia 19). Finalmente, em 1971, numa noite de sorte.
Eu tinha (e tenho, ainda que agora rarissimamente) por costume jogar 3 vezes seguidas numa slot-machine, e depois passar a outra, a menos que tivesse tido prémio. Se me saísse dinheiro, jogava ainda uma outra vez nessa mesma máquina. Pois à terceira vez, no Casino da Póvoa, saiu-me um jackpot.
Lá repeti a operação, depois do tilintar das moedas de 2$50 a cair ter acabado. Perante a alegria de 3 dos meus cunhados, que me acompanhavam. Eis senão quando, contra todas as expectativas e estatísticas, ao premir o manípulo da máquina, novamente, sai-me o segundo jackpot.
A minha cunhada Fina quase gritou: "Tira, tira depressa, vamos embora, que a máquina deve estar avariada!" Não estava. Mas sortes destas, ou aventura, só mesmo na ficção do Rain Man e com a ajuda de Raymond Babbitt (Dustin Hoffman, que por sinal faz anos a 8 de Agosto)...
E essa foi a última aventura dos meus meses de Agosto.
A 15, em pré ou semi-balanço, eu concluía que não tinha acontecido nada, de novo. A 24 ou 25 do mês, temia, desesperançado, o próximo fim da aventura, porque faltava apenas uma semana para o fim do mês. O cenário, durante esses primeiros anos da minha vida, era o mesmo, em Agosto.
Mas foi preciso quase chegar ao fim da juventude, para que as aventuras acontecessem. Em 1963 ou 1964, pelas areias, então quase desertas, de A-ver-o-Mar. Seis anos mais tarde, em episódio inesperado, que aqui contei em 16/6/2010 (Bibliofilia 19). Finalmente, em 1971, numa noite de sorte.
Eu tinha (e tenho, ainda que agora rarissimamente) por costume jogar 3 vezes seguidas numa slot-machine, e depois passar a outra, a menos que tivesse tido prémio. Se me saísse dinheiro, jogava ainda uma outra vez nessa mesma máquina. Pois à terceira vez, no Casino da Póvoa, saiu-me um jackpot.
Lá repeti a operação, depois do tilintar das moedas de 2$50 a cair ter acabado. Perante a alegria de 3 dos meus cunhados, que me acompanhavam. Eis senão quando, contra todas as expectativas e estatísticas, ao premir o manípulo da máquina, novamente, sai-me o segundo jackpot.
A minha cunhada Fina quase gritou: "Tira, tira depressa, vamos embora, que a máquina deve estar avariada!" Não estava. Mas sortes destas, ou aventura, só mesmo na ficção do Rain Man e com a ajuda de Raymond Babbitt (Dustin Hoffman, que por sinal faz anos a 8 de Agosto)...
E essa foi a última aventura dos meus meses de Agosto.
Que espectáculo! :-) Bom Sábado!
ResponderEliminarFoi um belíssimo contributo para o meu orçamento do mês..:-)
EliminarBom fim-de-semana.
Jackpot duas vezes seguidas é pelas vinte vezes que as pessoas jogam e ficam a zero ou a abaixo de zero. Contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que joguei, mas sempre estabeleci um pequeno montante para o jogo. Se me saísse qualquer coisa (que nunca foi nenhum jackpot) podia voltar a jogar esse dinheiro, mas não mais.
ResponderEliminarUma vez fiquei num hotel de uma cadeia internacional (acho que foi na Holanda em 1997) e havia slot-machines nos corredores dos quartos. Achei aquilo incrível.
Bom fim de semana!
Na Ingaterra, em vários hotéis em que fiquei hospedado, havia "slot-machines". Na Alemanha, em muitas cervejarias - é a vantagem dos capitalismos avançados..:-)
EliminarFoi um golpe de sorte irrepetível, esse meu. Mas não tenho razões para ser pessimista: de longe a longe, a sorte bate-me à porta, de forma inesperada.
Retribuo os votos, afectuosamente.
Agosto de belas memórias. Eu, para além de estabelecer um limite bem mínimo ao que jogo, apenas recarrego a máquina com as poucas moedas que eventualmente pingam. Fico, discretamente, fascinada a ver quem está de olhos arregalados a carregar no botão como se não houvesse amanhã!
ResponderEliminarBom dia
Gosto muito de jogar, mas hoje rarissimamente o faço, e posso resistir-lhe com grande facilidade. E até tinha alguma sorte...
EliminarUm bom dia.