Fotografias muito antigas, nos seus sépias delidos, muitas vezes fazem-nos sonhar. Ou, ao menos, imaginar, sobretudo quando não temos sobre os locais fixados ou figuras inscritas, quaisquer referências concretas. Assim também uma pintura abstracta, bem conseguida, que repercute sobre a nossa imaginação.
Haverá, contudo, outro tipo reacções sobre coisas ou acontecimentos passados. Modas que foram o ai-jesus de um tempo, podem hoje fazer-nos sorrir, benevolamente, ou mesmo rir. As saias-balão de outrora parecem-nos, agora, uma espécie de sacos de batatas. E os antigos fatos de banho, com as suas alças e folhos?
Há dias, ao folhear uma Revista de Occidente, de Junho de 1968, fui surpreendido por um anúncio singular publicitando uma Água de Colónia espanhola. O nonsense criativo era notório. A mescla publicitária, associando crime e literatura, a um perfume, criava uma enorme surpresa, em que o humor, ocupava também um espaço insólito no desprevenido observador...
Shakespeare usava água de colónia, uma criação do século XVIII. :) E depois juntar o inglês com Al Capone que talvez se perfumasse com Añeja em Alcatraz. Querem ser tão criativos que são idiotas.
ResponderEliminarMas devia-se falar do anúncio porque 50 anos depois aqui estamos a falar do anúncio. :-)
Bom dia!, sem Añeja que não deve ser recomendável.
Um pouco parvo, mas provavelmente eficaz.
EliminarO Añeja devia ser uma espécie de "Maderas de Oriente", para intelectuais e eruditos..:-)
Um bom dia.