sábado, 18 de agosto de 2018

O jardineiro de Mobutu


Por entre o ritual obrigatório da silly season e a necessidade de dar pasto ao cultivo reiterado da indignação das redes sociais pueris, é sempre muito difícil passar, incólume, por entre os pingos da chuva.
Os incêndios, que foram tardios, são agora um must televisivo e, à falta de intensidade, pode sempre falar-se dos do ano passado; a Web Summit, por causa dos convidades, tem dado pano para mangas...
A que propósito virá o título do poste?, perguntará, curioso, o leitor e o visitante amigo. É que até o circunspecto Le Monde, à falta de melhor, nos vem falar, nostalgicamente, do jardim de Mobutu.
E por onde, em Gbadolite (Zaire), o velho jardineiro Lena Mapamboli, hoje desempregado, passeia, saudoso, o fausto passado. Por entre as flores raras do jardim devastado, que a floresta tem vindo a invadir...
(Como vêem, nem eu consegui passar por entre os pingos da chuva, sem me molhar...)

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