domingo, 5 de agosto de 2018

Acasos, oportunidades, gostos


Por mero acaso, ontem, tive a oportunidade, e felicidade, de ouvir, em sequência intervalada, entrevistas a 3 escritores, qualquer delas interessante, tendo em conta a bagagem de experiência pessoal, a obra e inteligência dos autores, mas também a qualidade dos entrevistadores, que acaba por ser, nestes casos, decisiva e fundamental. Foram eles, por ordem cronológica: John Le Carré, Salman Rushdie e, finalmente, Jacinto Lucas Pires.
Tenho de confessar que a entrevista que mais me agradou foi a de John Le Carré, talvez porque seja o escritor cuja obra conheço melhor, mas também porque gosto muito de o ler. Não digo adorar, porque é um verbo que não entra no meu léxico deste tipo de coisas, nem sentimento que costume experimentar.
Pus-me a divagar depois. E, se é certo, que se reflectir um pouco, eu sou capaz de explicar, em palavras simples, a razão por que aprecio Camilo e Eça, Maugham e E. M. Cioran, teria uma enorme diculdade em justificar e argumentar o meu gosto pelas obras de Simenon ou de John Le Carré. Socorro-me de Pascal, que dizia: O coração tem razões que a razão desconhece.

2 comentários:

  1. Ignorei o frenesi virtual da ligeireza e segui a entrevista de
    Le Carré. Apreciei algumas das considerações do escritor mas não
    conheço o suficiente para ter alguma opinião. E apenas vim aqui
    para roubar a frase, O coração tem razões que a razão desconhece.
    Sem dúvida, e vai ligar com o tema da divagação 132. Agradeço a sua
    paciência!

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    1. É verdade que liga com a 132..:-)
      Paciência, nenhuma, tenho sempre gosto em ouvi-la (lê-la) e dialogar consigo.

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