Faz hoje 30 anos que, às 18,20 hrs da tarde, o tenente-coronel Antonio Tejero, da Guardia Civil, invadiu as Cortes Espanholas (Parlamento), dando início a uma tentativa de golpe de Estado, para fazer abortar a democratização de Espanha. Neste episódio, visualmente, três homens me ficaram na memória, pelo seu digno e corajoso comportamento. Adolfo Suárez e o general Gutiérrez Mellado que tentaram opor-se aos revoltosos armados. O terceiro foi o deputado Santiago Carrillo, secretário-geral do PCE, que foi o único dos deputados a não acatar a ordem de Tejero, para que se deitassem no chão. Carrillo manteve-se, sempre, de pé ou sentado. Todos os outros se deitaram ou esconderam atrás das bancadas parlamentares.
É justo recordar, também, que o rei Juan Carlos, ao princípio da noite, falou na TVE, colocando-se ao lado da Democracia. Com isso, pôs um ponto final, na esperança dos insurrectos. Tejero veio a render-se no dia seguinte, 24 de Fevereiro de 1981.
Gostei bastante desse seu post, que vim espreitar depois de ler o comentário no Prosimetron. O vídeo só verei mais logo, de manhã.
ResponderEliminarE Carrillo sempre a fumar. Na verdade, dos "três sentados" surpreendeu-me mais o então PM, Adolfo Suarez, contestado por todos e que não tinha a experiência de vida do velho comunista nem do general Mellado.
ResponderEliminarDiz o Javier Cercas no seu recente livro que até Juan Carlos estava farto do Suarez.
Nesse ano, a Espanha vivia uma profunda recessão económica, terreno sempre propício a estas coisas...
Concordo. Mas o Adolfo também estava a fumar, no vídeo...
ResponderEliminarAfinal o Luís já aqui tinha vindo. E também percebi que já leu o livro.
ResponderEliminarGostei de ver o vídeo.
O dia 23 de Fevereiro de 1981 foi um dia de grande angústia. Aqui mesmo ao lado...
É verdade, MR, dia de grandes emoções. Parece que foi no tempo em que os animais falavam, e os políticos ainda podiam fumar no Parlamento...
ResponderEliminarLogo devem passar nos telejornais.
ResponderEliminarPor acaso, APS, há coisas que nos aparecem muito distantes como esta e outras que nos estão muito próximas, como o 25 de Abril, que foi sete anos antes. Porque será?
Talvez por "ardermos" muito, na altura, Miss Tolstoi. Mas, também, não tenho a certeza...
ResponderEliminar