O nome só por si, e para mim, é estimulante. Depois, vem-me à ideia António Nobre, e Lucas Cranach mais a sua "Salomé", do Museu, que agora (e hoje) eu pensava rever, mas foi emprestado, temporariamente, à Galeria Borghese, de Roma - fica para outra vez.
Por esta rua das Janelas Verdes andou o poeta do "Só", em via sacra, como o "Ecce Homo", quando já não era benquisto, por questões de saúde (tuberculose), noutras hospedarias de Lisboa, Belas e arredores. A "York-House" albergou-o, algum tempo, nesta mesma rua que teria verdes janelas. Quanto a mim, comi lá, há uns anos, uma magnífica Perdiz de Escabeche, bem acasalada com um duriense "Quinta de la Rosa", tinto, que estava no ponto - fica registado.
Mas o cerne da questão, aviso e conselho, é a exposição "Os Primitivos Portugueses" que encerrará dentro de 8 dias: não percam, recomendo. A mostra bisa, para melhor (creio) a homónima que se fez em 1940. Chamo a atenção especialmente para uma "Virgem da Anunciação", do Mestre da Lourinhã, com um leito rubro, no poscénio, que é um espanto. A Virgem parece nórdica, curiosamente. Também, a soberba simetria agressiva do "Martírio de S. Sebastião", de Gregório Lopes, para rever. E, "last but not the least", a novidade, em Portugal, da "Virgem com o Menino e Anjos" de Álvaro Pires de Évora, que o Museo Nazionale di San Matteo (Pisa) emprestou ao Museu Nacional de Arte Antiga, amavelmente. É também aconselhável reapreciar algumas obras, estimáveis, de Frei Carlos, no meu entender.
Pois é, "Os Primitivos Portugueses" só ficam até 27 de Fevereiro de 2011, nas Janelas Verdes. Relembro, e recomendo. E, se o orçamento o permitir, porque não uma perdiz, bem cozinhada, na "York-House"? Fica perto do Museu, e é na mesma rua. Gastronomia também é Cultura.
Ai. perdiz de escabeche!...
ResponderEliminarUma beleza, esta exposição. Já fui duas vezes. Se tiver oportunidade, pode ser que ainda lá passe novamente antes do encerramento.
Tem outro pólo no Museu de Évora: pequenino, mas com coisas lindas também.
Perdizes!!!...
ResponderEliminarNão sabia do polo, em Évora, MR (obrigado!). Se lá formos, não perderei.