quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A telenovela das escadas rolantes

Finalmente, um jornal ("Público") interessou-se pela "saga" das escadas rolantes da estação de Metro Baixa-Chiado que, ainda ontem e como vem sendo hábito, tinham 4 lanços avariados e parados. Acresce o interesse da Assembleia Municipal de Lisboa, pelo caso, que é vergonhoso e mostra, à saciedade, a produtividade, capacidade e eficácia da Administração do Metro onde, entre os 5(!) elementos, 2 são engenheiros. Ao ler a notícia no "Público", inicialmente, regozijei-me. Mas quando vi as paupérrimas e salvíficas explicações dessa inefável Administração, voltei a ficar preocupado: prometem que no fim do 1º trimestre de 2011 o problema estará resolvido!?...
Se eu não tivesse alguma experiência, no decurso da minha vida profissional, do tipo de manutenção de escadas rolantes, monta-cargas e elevadores, talvez aceitasse essas explicações, e me calasse. Mas essa prática de problemas permite-me definir, sucintamente, as razões de um tipo prolongado de avaria que se não resolve. São exclusivamente 3, que explicito:
1. Falta de pagamento à empresa de manutenção, por parte da empresa contratante (neste caso, o Metropolitano de Lisboa);
2. Falta de peças para conserto da avaria, por parte da empresa de manutenção (este problema resolve-se, no máximo, em 15 dias, mesmo que as peças venham do estrangeiro); no caso vertente é a Schmidt & Sohn (alemã);
3. Desleixo, incompetência e falta de eficácia das chefias de uma empresa (neste caso, Administração do Metropolitano de Lisboa).
Como há-de imaginar quem me lê, e tem lido, não tenho dúvidas que é a 3ª razão o motivo das escadas rolantes da Estação Baixa-Chiado terem estado avariadas, no Verão de 2010, cerca de 4 meses e, agora, desde o início de Janeiro de 2011, até hoje. Produtividade portuguesa?, valha-me deus! Mudem mas é esta inefável Administração para o piso mais fundo da citada Estação.

4 comentários:

  1. Perante os incómodos permanentes para os utentes e, na ausência de qualquer "ética republicana" por parte dos Administradores do Metropolitano de Lisboa, sugere, com evidente poupança para o erário público e moralização de costumes:
    1 - substituição das viaturas particulares dos Administradores do Metro por um passe "Lisboa Viva" até à solução do problema das escadas rolantes e outras;
    2 - confronto, diário, com a realidade que os Administradores devem desconhecer por completo.

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