Etimologicamente, o nome da cidade terá tido origem árabe. De 3.181 habitantes, em 1874, tem hoje um pouco mais de duas dezenas de milhar. Terá pouca importância, actualmente, mas D. João I, cujo aniversário do nascimento passa hoje (11 de Abril de 1357), deu visibilidade a Almeirim ao construir, lá, o Paço Real - ao que dizem. Região de vastos vinhedos, abastecia Lisboa do precioso néctar de tintos carregados. Por lá estadiaram D. Manuel I e o filho, D. João III. Lá imprimiu (?) Hermão de Campos o Cancioneiro Geral, em 1516, que Garcia de Resende coligiu. De lá se originou, em boa hora, a conhecida Sopa de Pedra. O Paço de D. João I terá ruído na altura do terramoto de 1755. Mas lá tinham sido estreados alguns autos de Gil Vicente. E, na carta a Pero de Carvalho, pelos seus bons ares e produtos agrícolas, também Sá de Miranda a louvou:
Isto que ora ouvis de mim
não sei se ouvireis d'alguem;
buscai, preguntai sem fim
no desejado Almeirim,
no farto de Santarém.
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