Não faço a menor ideia da cotação artística, hoje em dia, do gráfico e pintor norte-americano Rockwell Kent (1882-1971) e, embora saiba pouco sobre ele, posso assegurar que tocava de graça e beleza os livros que ilustrava. E foram inúmeros porque, nesse capítulo, tem obra vasta: ""Candide", "Leaves of Grass", "Moby Dick", "The Canterbury Tales"... e o "Decameron" que abordei aqui no Blogue, em 3/7/10 (Bibliofilia 21).
Fez várias estadias em locais pouco povoados (Terra do Fogo, Alaska, Terra Nova e Gronelândia), numa espécie de retiros espirituais que, ao mesmo tempo, o inspiravam para obras de grande solidez arquitectural e pictórica, de grande sobriedade. Terá, na minha modesta opinião amadora, absorvido muito bem e incorporado, muito pessoal e sigularmente, as correntes modernistas da época. Há vestígios de Carrá, Léger, Chirico, mas também do realismo da pintura soviética estalinista, sobretudo no seu traço e volume dimensional dos corpos, nas suas ilustrações e pinturas.
Mas também uma solidão discreta que atravessa, em diagonal, muitas das suas obras.
Vale a pena, MR.
ResponderEliminarBoa tarde!