terça-feira, 17 de abril de 2012

Microclimas e toponímia


Em apodar, eu penso que os portugueses são mesmo originais e criativos.
Deste lado do Tejo, habituado, já não me admiro nem estranho ao passar pela placa toponímica que nos indica: Alcaniça (mesquita, informa Houaiss). O sol ia ralo, quando passamos pelo local, e as nuvens ameaçavam, de cinzentas. Vento, quase nenhum.
O sol abriu, mais um pouco, sobre Lisboa e começou um vento brando, mas ligeiro. No rio, tão liso como um espelho, com manchas alternadas de verde alface e verde azul, barcos deslizavam suavemente. Depois, para não nos perdermos, o percurso era restrito e obrigatório: Vila Verde, Terrugem (Houaiss, não refere), Godigana (não consta, também) e Carne Assada - estas duas últimas, inesquecíveis patronímicos. Mas, logo em Vila Verde, cerrou-se um capacete de nuvens e começou a molha-tolos. Saímos para comprar morangos e batatas, e ficamos como pintos...
Poder-se-ia concluir que andámos de microclima em microclima porque, quando regressamos à zona outrabandista, o sol voltou a receber-nos, radioso e amigo.
Falta dizer que não almoçamos carne assada. A massa tinha ficado a levedar. E a pizza, doméstica e boa, levava salame, cenoura e salsichão, mais um molhinho muito especial. E um tinto leveiro, a acompanhar.

2 comentários:

  1. O meu preferido: Carne Assada! :-)))
    E que tal a pizza? Por aqui foi uma arroz de bacalhau com um vinho verde Adega de Monção.

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  2. Adega de Monção, sempre!
    Boa, a pizza. E o lugar de Carne Assada, inesquecível!

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