É de boa regra no exercício do poder que, quando não é pacífico, certo, nem seguro que uma lei ou ordem venham a ser cumpridas, é preferível não a dar ou promulgar.
Esta semana, o Ministério da Saúde anunciou, pela voz esplêndida de um secretário, com pompa e circunstância, que irá ser promulgada uma lei em que se altera, de 16 para 18 anos, a idade mínima para o consumo do álcool.
Quem fiscaliza e faz cumprir? - pergunta o curioso ignorante.
Quando a lei do ruído, no seu estreito cumprimento, é desobedecida impunemente, até com a cumplicidade das lúdicas autarquias e a omissão preguiçosa das polícias; quando os atropelos à lei e as vertiginosas loucuras nas estradas portuguesas são o quotidiano banal; quando os paizinhos, quais servos obedientes e obrigados, vão às discotecas, a desoras, buscar os filhinhos menores, para os levar para o aprisco; quando...
Como dizia O'Neill: "...Acaso o nosso destino...Tac!, Vai mudar?"
Até parece que fazem cumprir a lei que estabelece os 16 anos. É sempre esta hipocrisia portuguesa. :)
ResponderEliminarA assepsia destes "meninos" que nos governam, é enorme. O sentido da realidade, apenas virtual. Depois, o que a gente sabe...
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