O desastre vende, a tragédia atrai. Basta vermos as notícias nos telejornais e nos periódicos que se dedicam aos dramas de faca e alguidar, e que têm sempre um público ávido e certo. Bastará, até, referir que este é o terceiro poste, no Blogue, sobre o Titanic - mea culpa...
Há cem anos, improvavelmente previsto, deu-se o naufrágio do grande transatlântico da White Star Line, nas águas do Atlântico Norte. Apesar das robustas condições da sua construção, na Irlanda, o navio não resistiu mais do que 2 horas, depois do embate com um aicebergue que lhe provocou um rombo no casco, de cerca de 60 metros. Era no entanto um paquete de luxo e o mais moderno para a época. O primeiro pequeno almoço servido a bordo, aos passageiros da 1 ª classe, era constituído por: rins de vitela, bacon, escalopes de cabrito... A orquestra era de qualidade e tinha 8 músicos que tocavam primorosamente os ragtime da época, e não só. Nenhum dos músicos sobreviveu ao naufrágio. Disseram os sobreviventes que a última música que a orquestra tocou terá sido "Songe de Automne" (que se reproduz em vídeo, em versão actual, no fim deste poste).
Inicialmente apoiado por 40 barcos salva-vidas, este equipamento do Titanic foi reduzido a metade, por questões de equilíbrio estético... No interior do navio, havia passageiros de mais de 30 nacionalidades. Da terceira classe, com muitos emigrantes que se dirigiam para os Estados Unidos, apenas um quarto se salvou: a mesma percentagem de tripulantes sobreviventes. A última frase do comandante Smith terá sido, de encorajamento para eles, pouco antes do afundamento: "Be British boys!".
Há cem anos.
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