Também pelo Norte pululam as lojas de compra de ouro usado, de maior ou menor valor artístico. Estes estabelecimentos abrem, do dia para a noite, em locais estratégicos, mas com dimensões escusas e exíguas. Quem fornecerá estas licenças de abertura? Quem faz a formação destes avaliadores, quando estes postos de trabalho têm aumentado tanto? O Parlamento, há meses, prometeu criar uma comissão para averiguar o assunto mas, até hoje: nada...
O jornal Público faz-se eco de que a quase totalidade destas peças é derretida, para único aproveitamento do precioso metal. Obras dos séculos XVIII e mesmo XVII, algumas testemunhas da arte da ourivesaria portuguesa - de nobre tradição - transformaram-se em neutros lingotes para transação, ou mais simples transporte. É um fartar vilanagem e, neste particular, ninguém acautela o nosso património artístico.
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