Homónima, a escritora francesa Virginie Despentes (1969) refere de Virginia Woolf (1882-1941) que ela teria afirmado que, provavelmente, não teria sido escritora se o pai não tivesse morrido quando a escritora inglesa tinha 22 anos. A esta morte, aliás, juntaram-se com curtos intervalos, fatidicamente, as mortes da mãe, da meia-irmã e do irmão. A escritora francesa escreve: "Le deuil, comme un privilège dont on jouit. Tirer plaisir, naître du deuil. (...) Les fantômes sont des amis proches." Creio que é possivel, teoricamente, mas nem sempre verdadeiro na realidade.
O que me deixa mais na dúvida, no entanto, é a seguinte afirmação de Virginie Desportes, que passo a traduzir: "Esquecemos menos facilmente os mortos do que os vivos."
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