Este poeta do Cancioneiro Geral, Diogo Brandão, pertenceria a uma família do Porto, e faleceu pouco antes de Agosto de 1529, ou em 1530, como Jorge de Sena refere. Terá sido criado na corte de D. João II. E Garcia de Resende incluiu várias composições suas na colectânea que organizou. Fez bem, porque Diogo Brandão é um poeta estimável. Segue uma esparsa de sua autoria.
Esparsa sua a uma senhora que se chamava "da Costa"
Quem bem sabe navegar
pola vida segurar,
a esperança tem posta
dentro no pego do mar,
mas aqui por se salvar
deve certo vir à Costa.
Porque, posto que naquela
de vivo se veja morto,
ganha-se tanto por vê-la
qu'é milhor perder-se nela
que salvar-se noutro porto.
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