sábado, 7 de abril de 2012

A sonata "Waldstein", de Beethoven, numa explicação de Brendel (1)


A propósito da sonata Waldstein de Beethoven, Alfred Brendel esclarece:
"...Os movimentos extremos da sonata Waldstein são para mim como paisagens que se desenrolam na visão musical. Em consequência, eu gostaria de dar livre curso à minha fantasia. E é assim que eu imagino, no primeiro movimento, um céu baixo, um imenso horizonte fechado; por contraste no Rondó, eu sinto-me levado às alturas,  escutando o canto de um montanhês. Nos vales, dança-se: os dois episódios do Rondó, possuem as características de uma dança russa, do género dos quartetos op. 59, «Rasumovsky», e da coda da sonata op. 57, «Apassionata». Os movimentos extremos da Waldstein conduzem-nos à luz: de lá, nós saímos de nós mesmos, enquanto o Adágio nos faz regressar à intimidade tenebrosa do nosso ser. ..." 

Sem comentários:

Enviar um comentário