De algum modo, as palavras valem o significado que lhe queiramos dar, intimamente. Desde que não se afastem em excesso da sua origem e parentesco iniciais. Mas há sempre um amplo halo significante em volta delas que permite, por exemplo, a respiração alargada de um poema, com possíveis interpretações diferentes, entre vários leitores.
Nesse capítulo, o cerne da verdadeira grande poesia reside na sua riqueza de associações que a experiência diversificada, de cada um, lhe pode dar. A identificação perfeita, entre o que o poeta escreveu e o leitor leu, nunca será conseguida ou atingida, muito provavelmente. E talvez nem seja isso o que o autor pretende. Mas tão só vir a descobrir-se numa outra realidade alheia.
Gostei muito do texto. Creio que também é verdade para a pintura e outras artes que utilizam códigos. Muitas vezes dou por mim a tentar perceber o que o autor queria dizer, para além da minha interpretação. Bom dia!
ResponderEliminarMuito obrigado, Margarida.
EliminarEstou inteiramente de acordo consigo, no que refere às outras artes. E quanto à Música, será talvez o caso mais complexo de interpretação.
Bom dia, também.
Pode ser muito básica a minha opinião, mas gosto porque gosto,
ResponderEliminarnão sabendo muitas vezes explicar o porquê. Talvez uma questão
de sensibilidade, ou não! Gosto sempre das suas palavras.
Em Música tem de ser assim... Embora possamos percepcionar melodias mais alegres ou mais melancólicas, à partida.
EliminarMuito obrigado, Maria Franco.