terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Glosa (15)


Ao fazer a tradução do anterior excerto de Paul Valéry, lembrei-me, em simultâneo, de Pablo Picasso e de Herberto Helder, como potenciadores de um público novo ou muito próprio, pela sua ruptura artística com o passado. E que Valéry classifica, em geral, como a segunda corrente de criadores.
Porque a Arte evolui pouco a pouco, e só gradualmente se vão alterando os cânones onde se insere a maior parte dos seus agentes. O que permite habituar, sem transtornos, a corrente maioritária do público e amadores a esse ligeiro e gradual evoluir. Sem qualquer perturbação estética de maior.

2 comentários:

  1. Também ao referir Herberto Helder me veio à memória, talvez uma carta,
    com a transcrição de um poema cujo titulo era "O "meu" Amor em visita", teria sido um grito de amor, que ficou perdido no tempo mas nunca mais esqueci.
    Recordações longínquas.

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    1. Demorei mais tempo a aceitar H. H., o Eugénio era mais da minha "família" - dois grandes poetas. Porventura, o primeiro menos tradicional e de ruptura.

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