Era um rapaz da minha rua... - disse eu a alguém próximo, aqui há uns tempos, antes de uma cerimónia oficial, em que ele, pintor consagrado, era figura central.
Por linhagem, estes amigos de infância gozam de uma imunidade especial, muito embora as afinidades e a intensidade do afecto possam não ser as maiores, no agora. Que outros vieram, entretanto, com mais força e fidelidade. Atenção e persistência, que não se compadece com o que é volúvel, episódico circunstanciável e leve.
Pelo meio, houve afastamentos, silêncios inexplicáveis, equívocos que duraram pouco, desencontros essenciais, mudanças de rumo, mortes inesperadas, mas também, às vezes, ressurreições maravilhosas - sei do que falo.
E o Natal, aqui tão perto...
Com o correr do tempo a distância entre nós e alguns amigos
ResponderEliminarvai-se alargando muitas vezes sem razões aparentes talvez por
preguiça de reatar uma ligação. Eu também sinto isso. O pior
são os que desta vida já se foram e com quem nunca mais nos
podemos encontrar. Um reencontro inesperado deve ser como
diz, uma ressurreição...
Desejo-lhe uma boa noite.
É verdade, as distâncias vão-se cavando, muitas vezes, até porque os percursos são, habitualmente, muito diferentes. E também nem sempre os reencontros são essa maravilha, de que falo. Tenho tido sorte, nalguns...
EliminarObrigado pela companhia, e votos, também, de uma boa noite.