sábado, 29 de dezembro de 2018

Flash


Estava frio na rua Anchieta, e a Feira de Alfarrabistas estava pobrinha de qualidade e, ao mesmo tempo, cara nas obras mais interessantes, para mim. Desencadernados, folheei 3 folhetos de José Daniel Rodrigues da Costa (1757-1832), sacados de alguma miscelânea oitocentista, para renderem mais, individualmente...
Pediam por cada um 25 euros, e eu achei caro. Vim embora de mãos a abanar.  

8 comentários:

  1. Tanto livrinho...se fosse eu não conseguia resistir a alguma comprita mais barata. É uma das coisas que me dá gosto: comprar livrinhos.

    Desejo-lhe um bom fim-de-semana:))

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    1. Estou a tentar ser selectivo e comedido, o mais possível..:-)
      Retribuo, com estima.

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  2. Por vezes visitamos esta Feira de Alfarrabistas em busca de alguns livros dos nossos escritores favoritos, mas infelizmente vimos de mãos a abanar. Já na Feira do Livro, este ano, percebemos que havia uma "cartelização" dos preços:-)
    Confesso que tenho saudades da "Barateira", local que frequentava, e continuo a não entender para onde foram "morar" aqueles livros todos.
    Desejo umas Boas Festas!

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    1. Nunca espero grandes coisas desta Feira semanal, embora haja por lá 2 feirantes que, às vezes, têm um bom acervo de livros usados ingleses e franceses, mas ontem não estavam lá.
      Normalmente, os fundos de alfarrabistas, que terminam a actividade, são comprados por colega(s), como foi o caso da Livraria Camões (de João Lopes Holtreman), cujos livros foram adquiridos pelo nº 44 da rua do Alecrim - meu alfarrabista de referência e estima.
      Mas o caso da Livraria Barateira também é, para mim, um mistério...
      Retribuo, cordialmente, os seus votos.

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  3. Há já vários anos que não visito a feira em questão; mas tenho saudades!
    Soube este sábado que faleceu o editor da Hiena: Rui Martiniano. Também ele costumava participar na feira da rua da Anchieta.
    O empobrecimento das feiras de livros usados e das próprias livrarias alfarrabistas, deve-se em grande parte ao facto das compres e vendas via internet estarem a ganhar muita expressão! A concorrência é imensa e na maioria dos casos, desleal.
    Sempre que ia a Lisboa, visitava o senhor Nascimento na Livraria Barateira. Não que a oferta fosse de me deixar muito excitada, mas acabava por encontrar sempre alguns livros com interesse e o senhor Nascimento sempre foi muito atencioso para comigo!
    Bom dia!

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    1. Do Porto, tenho saudades da Livraria Académica-original, com a Família Guedes (?) ao balcão, que até me orientou, pedagogicamente, a iniciação para o ensaio literário. Primavam pela modéstia, erudição e preços justos.
      Com o fecho da Biblarte, a morte do sr. Almarjão, que fazia um contraste enorme com a brejeirice erudita do sr. Beckmeier, na Liv. Histórica e Ultramarina, perdi mais duas referências de eleição. A morte prematura do sr. Vicente, da Olisipo, que dentro em breve passará a on-line, constituiu mais uma baixa de monta, insubstituível. Resta-me o Bernardo, sempre cavalheiro e sabedor, ilustre e lídimo sucessor do pai Tarcísio...
      A feira da rua Anchieta, é mais para matar o vício..:-) Tirando alguns livros estrangeiros, de pouco me serve..:-(
      Que a sua Lumiére progrida, com saúde financeira, são os meus votos!
      Para além de um pessoal 2019 feliz, que com estima lhe desejo.

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  4. Conheço pessoalmente a maioria dos alfarrabistas da cidade de Lisboa. Graças a muitos quilómetros a pé a calcorrear as ruas, de livraria em livraria. Normalmente começava pela Barateira, pois abria ao público às 9:00. Seguia-se a Bizantina, Olisipo, Camões, e claro está, a imperdível Campos Trindade, com o amigo Bernardo Trindade. Livreiro íntegro, de esmerada educação e muito conhecedor. Ainda conheci o pai, o senhor Tarcísio. Normalmente também dava um salto à Letra Livre e à Livraria Alfarrábios, na Rua do Carmo, onde o senhor Ferreira, também muito conhecedor, me despertava o interesse para um ou outro livro! Eram sempre 2 ou 3 dias muito cansativos mas maravilhosos; que repetia com alguma frequência e dos quais tenho saudades! Os livros adquiridos depois vinham para o Porto através de uma transportadora, pois eram largas dezenas...

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    1. Já Camilo se vinha abastecer de alfarrábios a Lisboa, e com proveito..:-))
      E, de uma forma singular, o Bernardo, tal como o pai Tarcísio, continua a ser o alfarrabista-"armazenista" de muito alfarrabista lisbonense. Têm sorte os particulares que lhe conhecem os métodos, e o visitam com frequência. Ele faz-me o favor de ser próximo, por nos conhecermos há muito.
      O sr. Ferreira, na Calçada do Carmo, não fosse um excesso de esoterismo, seria um profissional modelar e adequado ao meu gosto. Mas já lá comprei algumas coisas bem interessantes, a preços justos.
      A Cláudia - constato - tem um enorme conhecimento, pelas suas andanças, destas coisas nobres. Eu, também, não desfazendo... Podiamos quase fazer um livro a meias, pedindo eu escusa de falar do sr Canavez, sobretudo em leilões lisboetas... Embora não me importasse de referir, sobretudo, pela urbanidade portuense, o sr. Manuel Ferreira.
      Que tenha um "reveillon" como merece!

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