Há quem guarde quase tudo. E há quem fique com muito pouco, do passado. A retenção de coisas inúteis, porém, está sempre associada a algum acontecimento marcante ou a algo de afectuoso e, muitas vezes, a uma experiência inicial, no tempo. Estes frágeis sinais servem também para pontuar um percurso e, mais raramente, para datar um encontro, que a memória decerto não conseguiria situar, depois, se não houvesse vestígios materiais e concretos. Note-se a curiosidade das cores dos ingressos, provavelmente, com vista às estatísticas: o rosa para visitantes femininos e o azul-bebé para visitas masculinas.
Estes dois bilhetes de entrada, do Museu Alberto Sampaio (Guimarães), e o horário escolar têm 60 anos. Em 1958, entrar no Museu vimaranense custava Esc. 2$50. Hoje, são 12 euros. Quase 100 vezes mais... E será que esta liricamente baptizada Biblioteca Musical, do Porto, que oferecia horários aos estudantes, ainda existe?
Bom dia,
ResponderEliminarNo que diz respeito a "papelada", vou guardando quase tudo, pois sou de opinião que muito do que se guarda terá préstimo futuro! E, tenho alguns documentos curiosos...
Quanto à Biblioteca Musical, infelizmente já encerrou há uns anos. Era uma casa de música de referência da cidade do Porto.
Muitas destas coisas, com o tempo, acabam por ganhar importância e até valor. Eu também vou guardando mais do que devia... embora tenha tido algumas recompensas pessoais.
EliminarAgradeço a sua informação sobre a Biblioteca Musical.
E renovo os melhores votos para a sua quadra natalícia e Ano Novo de 2019.
Guardo tudo (ou quase tudo) e pena tenho que só o tenha começado a fazer já nos vintes e..., porque fazem-me falta alguns bilhetes de cinema ou da minha primeira ida à revista com a minha avó (contentissima porque o Eugénio Salvador se meteu com lá a meio de uma rábula). Guardei com gosto informação de notas liceais e alguns papéis meus mais antigos tenho que agradecer ao meu pai e sua vertente "guardadora".
ResponderEliminarBom dia
Minha Mãe ajudou neste guardar de coisas minhas, desde a infância, talvez porque eu era filho único... E eu apanhei-lhe o gosto. E continuo..:-)
EliminarUm dia bom, também.
Também sou uma guardadora de inutilidades. Mas tenho tudo muito desorganizado. O meu pai também guardava tudo, mas era organizado. Tenho duas sobrinhas que herdaram esta veia...
ResponderEliminarDesejo-lhe um bom fim-de-semana:))
O problema acaba sempre por ser o espaço... mas as re-descobertas,às vezes, não deixam de ser surpreendentes.
EliminarRetribuo, com estima.
Frágeis sinais, é mesmo o que já nem se recorda.
ResponderEliminarE como o tempo passou!
É verdade, e se não são estas ajudas preciosas...
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