Francisco Louçã (1956), no jornal Público de hoje, chama-lhes "gerigonçólogos", eu preferia chamar-lhes: minudentes, ou qualquer coisa assim parecida.
São jornalistas e comentadores que, pouco ou nada tendo a dizer, se prendem a aspectos formais, secundários e decorativos, para ornamentar as suas palestras vazias, em jornais e televisões. Conheço vários.
Iria jurar que nasceram e se fizeram homenzinhos durante o consulado cavaquista. Começaram a desenvolver-se interpretando, quais adivinhos ou pitonisas, uns discursos presidenciais que não tinham nada para interpretar, porque eram de uma chateza lhana e total. Assim cresceram eles, os minudentes jornalistas e comentadores da nossa praça...
Vou transcrever uma pequena parte do texto de Louçã, mas aconselho a sua leitura integral, porque é uma das crónicas mais bem esgalhadas deste nosso político e conselheiro de Estado. Aqui vai, então:
...Calhou-nos portanto a sorte de ter de viver com esta casta especial, especializadíssima, que é dos peritos em decifrar o tom de voz, a catadura, a posição da mão, o andar, a cor da roupa e até, em desespero de causa, a palavra desta gente que arrombou a porta do palácio. São os "geringonçólogos". ...
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