Ontem, acompanhei, um pouco, a “jornada épica” do debate
televisivo entre A. Merkel e M. Schulz, candidatos, respectivamente, da CDU (da
direita) e do SPD (da Internacional Socialista) a um lugar de chanceler da
Alemanha, nos próximos anos.
Procurando informar-me sobre o desenvolver da campanha eleitoral da
Alemanha, com a devida distância, e a reflexão “intramuros” sobre as autárquicas, o estado da política e a
consciência dos eleitores, não posso deixar de sublinhar que um debate, entre
candidatos, de 90 MINUTOS, é um “assassinato por entusiasmo” !
Primeiro, porque os eleitores já não têm uma capacidade tão
prolongada de concentração. Segundo, porque os jornalistas não pretendem,
objectivamente, colocar-se ao serviço do bem comum da informação, o que impede
que as pessoas estejam atentas com o objectivo de serem esclarecidas. A agenda dos jornalistas já não coincide com
a essência da sua razão de ser, a saber, o seu mister de informar, esclarecer e contribuir para
o bem comum. Foi, aliás, o que se viu, mais uma vez, ontem.
Sucede, no entanto, que os nossos jornalistas ainda são mais
alinhados nesta “agenda” oculta da política. Enquanto nos vários jornais da
Alemanha ainda se discutia quem tinha sido o vencedor da noite: MERKEL OU
SCHULZ, por cá os jornais principais já tinham a “caixa” preparada. MERKEL
GANHOU.
Ora, como a SENHORA MERKEL poderá ser a próxima “chefe ideológica” máxima do jornal
para que trabalham os nossos jornalistas, convém posicionar-se cedo.
Felizmente, e por enquanto, ainda entendo outra
língua e outros jornais de referência.
Post de HMJ
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