terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quotidianos lisboetas (2)

Poderia ser de Teresa Salgueiro, a voz que vem dos jardins Farrobo  - mas não é -  agora, já noite perfeita. Falta-lhe o "golpe de asa", a ousadia juvenil para lá chegar e ultrapassar a mediania. Mas é agradável de ouvir, apesar de tudo. Antes, pela antiga Rua Velha do Tesouro, subiam do lajedo o bater das ferraduras (novas tecnologias) e o nostálgico piano sincopando jazz num happening inesperado, neste final de Setembro de 2011. (Era então isso, o que estavam a preparar, de tarde!...) Não andasse eu a ler "História do Infante D. Duarte..." (1889), de Ramos-Coelho, e não me vinha à memória a sereníssima Casa de Bragança. Porque estes terrenos foram comprados por D. Nuno, à Ordem de S. Francisco, em tempos medievos. Mas nesta noite de Verão serôdio, temos Fado, jazz, novas tecnologias ( o bater das ferraduras), se abrirmos as janelas altas. Dissonante e periodicamente, a fazer-se ouvir, apenas o som metálico e frenético do eléctrico pelas calhas, nesta noite mansa.

2 comentários:

  1. E que tal essa História do Infante D. Duarte?

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  2. Embora escrita em tom obsequioso (estávamos ainda em monarquia!...) lê-se muito bem, MR,e tem muita informação documentada sobre a época e sobre este infeliz irmão de D. João IV.

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