sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mais um tiro no pé da Justiça portuguesa


Não está em causa a inocência ou culpa de Isaltino Morais. A questão é bem mais simples mas, pelos seus últimos contornos, preocupante, significativa e grave.
Qualquer cidadão, qualquer comum da terra não conseguirá perceber como é que uma Sra. Juíza de Oeiras encontra motivos ponderosos e suficientemente fortes para mandar prender o autarca de Oeiras e, menos de 24 horas depois, um simples advogado aduza razões e motivos suficientes que obriguem à libertação do referido autarca?
Que leviandade é esta? Que rigor é este?
Tirem-me deste filme infantil!

2 comentários:

  1. «um simples advogado aduza razões e motivos suficientes» E não é essa a função de um advogado, ainda que simples? :-)

    Pelo que li, a explicação será prosaica: no STJ ignorava-se (ou alguém não reparou) que o recurso de uma decisão anterior à sentença ainda se encontra pendente no TC. Isto significa que se mantém a hipótese do processo voltar ao princípio. Ou não. Tudo vai depender da decisão do TC. Em qualquer caso, um processo só termina no fim, isso é garantido. E como se vê, um simples advogado pode tornar um processo bem complicado... :-)

    [Perdoe se hoje estou especialmente provocadora, mas não resisti à tentação :-)]

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  2. O "simples (advogado)" teve uma pitada de ironia da minha parte, c.a..Até porque o referido advogado é "visita" frequente das tv's. Agora, a juíza Carla Cardador devia ter mais juízo (..-) e ponderação, nas decisões que toma. Como não serve de atenuante a nenhum cidadão o desconhecimento da lei, a srª juíza não devia desconhecer a pendência suspensiva que foi do TR para o TC. Não se mete um homem na cadeia, seja ele qual for,com esta ligeireza.
    Foi isso, principalmente, o que me chocou.
    Quanto à "provocação" é sempre bem-vinda, c.a.,porque me é estimulante. Um bom domingo!, para si.

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