Ao fim da tarde, há uma frescura de férias que parece vir do mar.
Mas estou na cidade e a aragem branda virá, quando muito, do rio, que ao longe se perfila.
Eu até dispensava as gaivotas que, como os turistas, alagam a cidade por excessivos e ululantes. Batem as nove (21h00) no "sino da minha aldeia" (aqui ao lado) do Pessoa que não falava muito de pássaros, mas parece que sabia imitar uma cegonha ou avestruz, para gaúdio da sobrinhada infantil.
Deve haver, por mim, uma memória biológica entranhada de Póvoa de Varzim. Não lhe posso valer, e até me sobra ternura para a noite, de Verão...
Na passada semana segui o seu conselho, e fui com uma amiga
ResponderEliminaratravessar o Tejo até à Trafaria. E ouvi o marulhar das pequenas
ondas na pequena praia. E como me soube bem aquele barulho manso
ao qual estive habituada durante muitos anos. E matei saudades,de
outras praias onde costumava ouvir o mar. A sua memória biológica
contagiou-me e desta "música" gostei. Desejo-lhe uma boa noite.
Folgo saber que a viagem tenha sido amena e útil. Até porque eu tinha a responsabilidade moral do convite...
EliminarPor esta época do ano, quase sempre, as saudades rompem-me, dessa grande massa de água que tem o condão de dar, através do olhar, uma estranha serenidade.
Boa noite, também.