Num tempo de eternos juvenis, de hipercuidados de saúde, de laicos amadores que dominam a nomenclatura especializada ou qualquer sintoma mínimo de doença e sabem prescrever para tudo a competente mezinha, eu tenho que me considerar um ignorante, um desleixado incompetente, um não-hipocondríaco impenitente e absoluto, para mal dos meus pecados. Vou morrer, assim, na inocência e na bem-aventurança, um dia...
Enfermiços, pela literatura, temos muitos: Eça e Nobre, para não irmos mais longe. Mas considero Marcel Proust um bom exemplo de fragilidade e hipocondria, simultâneas, confirmado e bem documentado no livro Proust connu et inconnu, de Gautier-Vignal (Robert Laffont, 1976). Mas esta obra, interessante, tem um alcance mais vasto, para além de falar das manias e fobias do escritor francês.
Proust tinha a convicção arreigada de que os grandes deste mundo não poderiam ser de temperamento nervoso - assim nos diz Gautier-Vignal. Acrescentando: " De uma forma geral, no coração dos homens há 72 batimentos por minuto. Mas Napoleão tinha apenas 40 pulsações, nesse mesmo espaço de tempo, e sabe-se que podia dormir um quarto de hora, mesmo em circunstâncias desfavoráveis, em campanha."
O que se pode chamar um homem sereno e tranquilo, para que conste...
Proust tinha a convicção arreigada de que os grandes deste mundo não poderiam ser de temperamento nervoso - assim nos diz Gautier-Vignal. Acrescentando: " De uma forma geral, no coração dos homens há 72 batimentos por minuto. Mas Napoleão tinha apenas 40 pulsações, nesse mesmo espaço de tempo, e sabe-se que podia dormir um quarto de hora, mesmo em circunstâncias desfavoráveis, em campanha."
O que se pode chamar um homem sereno e tranquilo, para que conste...
Gostei dessa história do Napoleão e gostaria muito de ter essa calma. Bom dia!
ResponderEliminarProvavelmente, a calma veio-lhe do genes..:-)
EliminarBom dia.