A Lua trocou-me as voltas e nasceu por trás do castelo de Palmela, como se fosse uma almenara fora de época. Esperava começar a vê-la na rectaguarda do casario ribeirinho do Barreiro. Além disso, veio tarde, embora Cheia. Ao entardecer, o Sul devolveu ao Norte as nuvens de ontem, que o vento mudou de rumo. Na véspera, elas eram tão escuros, ao fim do dia, que pareciam vir do pio cavernoso e antipático de uma gaivota irascível que andava, a meia altura, a pairar por sobre o Tejo. Mas, hoje, não a vi, quando por lá andei.
Livro e marcador - 158
Há 13 horas
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