É por isso que eu já não consigo gostar de futebol.
O entrecosto estava óptimo, o ar, leve, e a luz de Verão insinuava-se feliz na esplanada outrabandista.
Mas, depois de uma vitória da selecção nacional, é impossível, num restaurante mediano e popular, pensar se estivermos sozinhos, ou dialogar, se acompanhados. A menos que se grite, porque todos berram, alguns até de mesa para mesa, tentando fazer prevalecer a sua sabedoria de treinadores de bancada e exímios conversadores da treta. Não há remédio: ninguém se lembra da crise, e Salazar sabia-la toda, com a sua estratégia dos três eFes. Mas isto, agora, está muitíssimo pior...
Tive que comer a torta de laranja à pressa e afastar-me, rapidamente, da Babel.
Tive que comer a torta de laranja à pressa e afastar-me, rapidamente, da Babel.
APS, in 22 de Junho de 2012 ( no dia seguinte à vitória sobre a selecção da República Checa, por 1-0).
P.S.: que acosta, no seu lídimo "O Linguado", me desculpe, mas há coisas superiores ao meu desportivismo democrático.
...como eu compreendo o que diz/escreve... Se seguisse a minha página-muro de lamentações no facebook, veria uma incomodidade desmedida com tudo isto. No Linguado procuro manter a compostura e a urbanidade...
ResponderEliminar(Mas gosto de futebol, não destes patriotismos miseráveis e das vedetas tipo champô. E vou já ver o Eng. Fernando Santos e o horrível futebol grego tentar dar uma lição ao arrogante, mas tão belo, futebol germânico).
Também eu torcia pela Grécia, pelo menos, por duas razões, mas os deuses do Olimpo não protegeram os rapazes...
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