Embora o livro "On the Origin of Species", de Charles Darwin (1809-1882), tenha colhido a admiração e surpresa do meio intelectual e científico quando foi publicado, em Novembro de 1859, e se tenha esgotado em poucos dias, também foi objecto de críticas ásperas pelo seu estilo de escrita. O TLS (nº 5697) refere que Friedrich Engels, em carta a Karl Marx, o achava escrito num "desajeitado método inglês". George Eliot considerava-o, simplesmente, "ill-writen" (mal escrito) e Thomas Hardy dizia que o seu argumentário parecia um "obituário de jornal". Mais tarde, T. H. Huxley escreveu que a "exposição científica não era, de todo, o forte de Charles Darwin".
Parece que Darwin era um leitor compulsivo de novelas policiais e, curiosamente, Conan Doyle é talvez o único contemporâneo que lhe gaba o estilo, referindo: "Nunca houve um espírito compreensivo, assim. Nunca ninguém foi tão minucioso e pequeno e, ao mesmo tempo, tão grande na sua atenta observação".
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