Quando começo a ouvir sussurros de novas (?) austeridades (Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra?), a única coisa que ainda me consola é esta luz portuguesa, tão singular e tão bela, que nos é dada. E que me permite poder ler, em Junho, depois das 9 da noite, na varanda - já o sol vai quebrado.
E, no entanto, tão pouco falamos dela!... Teixeira Gomes tem páginas, por ela, iluminadas, mais a sul; Sequeira teve fulgurações dela, nos seus quadros e Vieira da Silva, longe, tentou recuperá-la, por saudade, decerto. Pouco mais... Sejamos justos: o azul de Maluda tem, também, essa luz lisboeta. E Eugénio fala dela como, só ele, podia falar: "...e a luz / impura, até doer."
Obrigado, MR.
ResponderEliminarUm bom domingo!
Juntava, ainda, Luz e Calor (M. Bernardes), a penar uns miseros 16° em terras da Sra. Merkel, sem luz e com chuva. Da para partir sem saudades.
ResponderEliminarNão demora...
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