segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Bibliofilia 171


Estes trabalhos líricos encomiásticos têm, habitualmente, duvidosa qualidade poética. E, embora João Xavier de Matos (1730?-1789) fosse um estimável poeta com versos de acentos camoneanos, um tanto ou quanto fora de época, e tendo até Garrett gabado o seu estro, esta Canção não foge muito à regra referida, na primeira frase.
Editado o folheto sem data de impressão, na Oficina de António Rodrigues Galhardo (Lisboa), Inocêncio data-o de 1784.


O que faz algum sentido, pela dedicatória do poema à rainha D. Maria I (1734-1816) que nesse ano, a 17 de Dezembro, completar(i)a 50 anos. A referência a Pina Manique explica-se pela protecção que dele gozou Xavier de Matos. Assim como a teve de Cenáculo, bispo de Beja, a quem dedicou inúmeras poesias. Desta relação amistosa e mecenática, existe vasto espólio manuscrito e de impressos na BPE.
O folheto de 8 páginas, confirmadas por Inocêncio, que teria tido mais 2 finais, em branco, foi impresso em bom papel com marca de água de cavalo e as iniciais G C B.
Em muito bom estado e margens largas, o meu exemplar custou-me 12 euros, no passado ano de 2018.

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