Nestas cartas e postais endereçados a João de Barros (1881-1960), palpita movimento e vida. Melhor diria, alegria e raiva de viver. A correspondência, que vai de 1919 a Julho de 1941, poucos meses antes da morte de Manuel Teixeira Gomes (1860-1941), nunca é monótona, mas de leitura agradabilíssima.
Impressões de viagens, descrições paisagísticas lindamente escritas, opiniões políticas e cortes na casaca, com apreciações por vezes acerbas e duras sobre alguns políticos da época e escritores coevos e confrades, a correspondência inclui também textos de ficção-realidade de grande beleza. De que eu destacaria uma descrição de um Copejo algarvio, de grande realismo, à altura dos textos de Raul Brandão e Paul Valéry, sobre o mesmo tema.
Altamente recomendável a leitura deste livro, com um interessante prefácio da jornalista Manuela de Azevedo (1911-2017), só é pena que a obra tenha tido pouca divulgação. Aqui estou, porém, a fazer a minha parte, lembrando-a...
os maiores agradecimentos a H. N..
Impressões de viagens, descrições paisagísticas lindamente escritas, opiniões políticas e cortes na casaca, com apreciações por vezes acerbas e duras sobre alguns políticos da época e escritores coevos e confrades, a correspondência inclui também textos de ficção-realidade de grande beleza. De que eu destacaria uma descrição de um Copejo algarvio, de grande realismo, à altura dos textos de Raul Brandão e Paul Valéry, sobre o mesmo tema.
Altamente recomendável a leitura deste livro, com um interessante prefácio da jornalista Manuela de Azevedo (1911-2017), só é pena que a obra tenha tido pouca divulgação. Aqui estou, porém, a fazer a minha parte, lembrando-a...
os maiores agradecimentos a H. N..
Deve ser uma maravilha - gosto muito do Teixeira Gomes. Bom dia!
ResponderEliminarUma escrita elegante e sedutora. Vale a pena ler!
EliminarUma boa semana.
Vou procurar!
ResponderEliminarDesconhecia...
Estou quase certo de que não se arrependerá..:-)
EliminarA sua recomendação lembrou-me um livro que tenho de M.Teixeira Gomes,
ResponderEliminar"Cartas a Columbano" que já estou em vias de ler e me parece bastante
interessante. Uma amizade entre dois seres que felizmente ficou registada
para bem de quem gosta deste genero de escrita.
A grande moral! Porque também existe a moral pequenina, a comezinha, a que serve na higiene diária, da vida usual, e essa é indispensável à arte. Refiro-me ao
ResponderEliminarestudo metódico,ao trabalho incessante, à aspiração pelo que é perfeito, ao
insaciável desejo de realizar, que dignifica e aformoseia a existência. (pág.178)
Não é muito frequente, na literatura portuguesa, o estilo de limpidez de escrita e elegância que ocorre em muitos dos textos de Teixeira Gomes. Que me recorde, só me lembro de alguma prosa de Eugénio de Andrade. Por onde anda também paralelo, sobretudo antes da velhice, o grande sabor de viver.
EliminarVai para a minha lista, já que Teixeira Gomes é uma das figuras que mais admiro. Vi há pouco que foi publicado Regressos. Pareceu-me uma coletânea de textos sobre viagens e lugares. Também já o pus na lista. :)
ResponderEliminarBom dia!
Aconselho o livro vivamente.
EliminarNão fora H. N. e eu também não saberia da sua publicação...
Boa tarde!
ResponderEliminarSugeriu, e muito bem, a leitura das Cartas de M. Teixeira Gomes ao poeta João de Barros. Tratei logo de pesquisar e encontra o livro em questão. Após alguma persistência, consegui um exemplar. Cortesia da C. M. da Figueira da Foz.
Escusado será dizer que já o li todo
Umas mais do que outras, todas as cartas são de grande interesse e demonstram bem a amizade e cumplicidade dos dois amigos, apesar da distância que os separava. Assim, como retratam bem os tempos em que foram escritas.
As NOTAS de Manuela de Azevedo são deveras preciosas. Só por elas já vale o livro!
É pena que uma obra destas não esteja divulgada, não se encontre nas livrarias e não se possa comprar!
Ainda tentei, mas... em vão!
Obrigada pela sugestão e divulgação!
Sou um defensor intransigente do poder autárquico, apesar de alguns desmandos pontuais, que nunca me fizeram titubear na minha opção. As Câmaras nacionais têm feito muito em prol dos valores regionais, até pela sua proximidade e conhecimento. E pela divulgação dos seus "filhos" mais insignes e das suas obras, reeditando textos esgotados. Um senão porém, neste particular: a distribuição extremamente deficiente destes livros editados - como não têm vocação neste campo, deviam entregá-la a quem tem prática e saber. Tenho más experiências com Lagos e Fundão, em que tive, nesta última, extrema dificuldade em comprar um livro com correspondência de Eugénio Andrade, por exemplo.
EliminarFiquei muito contente que tenha gostado destas cartas de Teixeira Gomes. Acompanho-a no louvor a Manuela de Azevedo, pelas suas notas e trabalho aturado e rigoroso.
Votos de uma boa tarde.