Vai demorar tempo até voltarmos a ter a felicidade do anonimato e o eléctrico 28 voltar a ser preenchido por apenas legítimos alfacinhas encartados. Por ora, somos escrutinados até ao pormenor e todo o bicho careta fala de nós. Ontem, éramos o melhor destino cool (seja lá o que for isso...), anteontem, a viagem de sonho, amanhã, provavelmente, a oitava maravilha do mundo...
E até o TLS cumpre esta agenda clonada de moda, recenseando uma obra (Queen of the Sea) sobre Lisboa, de Barry Hutton. O sr. Malcom Jack, recenseador habilitado por, recentemente (2018), ter publicado, também, uma obra sobre Sintra e Lisboa, é que não é muito favorável ao livrinho de Barry Hutton. Diz que lhe falta bibliografia competente. Citando as omissões indesculpáveis de Beckford, Southey e Rose Macauly, pelo menos, que por cá andaram em tempos mais ou menos remotos.
E se nos deixassem em paz?!
No passado domingo fui até ao MNAC. Um pouco estranha
ResponderEliminarpara mim a exposição LUSZAZUL. Muito talento e imaginação, para criar
uma Arte ainda pouco ou nada desenvolvida. Creio que não estaremos assim tão
longe do que é sugerido naquelas imagens. Muita coisa nos leva já a
julgar, que a revolução tecnológica vai surgir e impor-se à existência
do ser humano. Parabéns ao artista. Um orgulho para os pais.
Como era Domingo a Baixa estava transitável e "sossegada". Na verdade
tem razão e... deixem-nos em paz. Se José Rodrigues Miguéis fosse vivo teria um enorme
choque ao ver esta Lisboa de agora. Desejo-lhe uma boa noite.
O futuro, ainda que imaginado, provoca-nos sempre algum assombro e, porventura, incomodidade. Ainda que se apresente sob uma eventual harmonia de cores, imagens e sons (a música é também do Autor).
EliminarMuito obrigado pelas suas palavras, Maria Franco.
Por enquanto, vai-se andando, mais ou menos, mas eu já vou receando o próximo Verão lisboeta, com as suas hordas turísticas...
Retribuo os seus votos, com muita estima.