Cada vez mais acredito que a justiça (não merece maiúscula...) portuguesa age, em boa parte das iniciativas, por pulsões, despidas da mais elementar racionalidade. E que correspondem a ataques e contrataques de natureza impulsiva, muitas vezes , ideológica e próprias de claques emocionais. Como se fosse no futebol, tipo: ai acusas aquele!, pois eu vou mandar prender um do outro lado!...
Pelo meio, vão ficando pessoas, honestas ou sérias talvez, com a vida completamente estragada, a família desfeita, a reputação abalada. Porque muitos destes processos nem sequer vão a julgamento, uma boa parte dos presumíveis acusados são ilibados, muitos anos depois da sua vida ter ficado em suspenso e comprometida para sempre.
A fraca qualidade da investigação, o tempo gasto e a debilidade das provas não abonam o profissionalismo de quem as trabalha. Nem a produtividade. Por outro lado, a diversidade das sentenças nas diversas instâncias a que os processos sobem em recurso, que muitas vezes são contraditórias, criam, num leigo, a impressão da volubilidade caprichosa dos juízes ou, pelo menos, da ambiguidade das leis.
E até parece que ninguém pede contas a quem... Neste corporativismo fechado, desregulado e impune.
A fraca qualidade da investigação, o tempo gasto e a debilidade das provas não abonam o profissionalismo de quem as trabalha. Nem a produtividade. Por outro lado, a diversidade das sentenças nas diversas instâncias a que os processos sobem em recurso, que muitas vezes são contraditórias, criam, num leigo, a impressão da volubilidade caprichosa dos juízes ou, pelo menos, da ambiguidade das leis.
E até parece que ninguém pede contas a quem... Neste corporativismo fechado, desregulado e impune.
Enquanto isso, o jornalismo de sarjeta, em conúbio promíscuo com alguns agentes dessa mesma justiça vendida, à portuguesa, vai reinando e aproveitando para manchetes de primeira página, com que o vulgo pacóvio, lumpen e invejoso se delicia, entretem e se baba...
Será que ninguém consegue pôr cobro a isto?!
O pior para mim é a impunidade com que o Ministério Público (que serve para representar o Estado) atua. E também como alguns juízes julgam (como aquele traste do Porto). Para além da vida das pessoas, quem vai pagar as indemnizações?! O Estado, sem fazer nada?! Isto não é o primeiro caso.
ResponderEliminarBom dia!
A sobranceria e despudor de grande parte dessa gente é chocante.
EliminarE os lugares de topo da justiça portuguesa até parece que vão quebrar a norma de serem o limite os vencimentos do PM e do PR... "não posso com tanta ironia"...
Um bom Domingo.
Muita moralidade, muita ética, mas não vivem neste país. São mal pagos? Podem ser, mas para o nível de salários do país são muito bem pagos. Esta é que é a realidade. Quererem ganhar mais que o PM e o PR é o cúmulo.
EliminarBoa tarde!
Não tenho grandes dúvidas ser esta uma das profissões mais desprestigiadas do país, e com razão.
EliminarBoa noite.
Terrível e aterrador. E as instituições que deviam ter um papel de regulador, não só não intervêm, como calam e por vezes dão o direito do contraditório aos que atropelam a lei (vide o artigo de Ferreira Fernandes sobre este assunto nesta semana, no DN).
ResponderEliminarSendo a democracia o sistema político mais avançado, acabou por criar algumas "delicadezas" e pruridos laterais que, acentuados pelo políticamente correcto, a prejudicam e lhe podem ser fatais...
EliminarIrei tentar ler o artigo de F. F..
Um bom Domingo.
Nada tenho a acrescentar ao seu Desabafo ( 41 ).
ResponderEliminarMas que está mal este país, está !
80% das obras por acabar ( por causa das cativações habilidosas do Centeno )...
Apesar de ter havido uma notória descompressão psicológica, saudável, nestes últimos 3/4 anos, há ainda muita coisa a aperfeiçoar...
EliminarUm bom Domingo.
Uma justiça, sob e sobre diversos aspectos, injusta.
ResponderEliminarFeliz semana
VB
O que não deixa de ser paradoxal. E perigoso, tendo em vista a sua autonomia institucional...
EliminarRetribuo, cordialmente.