Desde que haja algum talento, traquejo de ofício e sensibilidade, o célebre poema If, de Rudyard Kipling (1865-1936), pode ser acrescentado, de versos, interminavelmente, sem que se lhe altere, de forma significativa, o seu conteúdo original. Ou pode ser glosado até à exaustão, nas suas proposições condicionais e moralistas. Alexandre O'Neill (1924-1986) fê-lo, com humor e sucesso, em Feira Cabisbaixa (1965). Outro tanto se poderia dizer do soneto camoniano "Amor é um fogo que arde sem se ver..." que, por sua vez, também foi imitado (mal, quase sempre), embora de forma séria, por tantos poetas portugueses.
Há que desconfiar, sempre, da qualidade poética destas ladainhas encantatórias e destas verborreias irradiantes e repetitivas que pululam em todas as literaturas, e agradam a muita gente, pouco preparada. Talvez alguns dos poemas consigam atingir a bitola da verdadeira poesia. Outros, que são a grande maioria, não.
Fica o aviso à navegação.
Há que desconfiar, sempre, da qualidade poética destas ladainhas encantatórias e destas verborreias irradiantes e repetitivas que pululam em todas as literaturas, e agradam a muita gente, pouco preparada. Talvez alguns dos poemas consigam atingir a bitola da verdadeira poesia. Outros, que são a grande maioria, não.
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