A ideia inicial do fabrico industrial da seda, em Portugal, partiu de uma proposta do tecelão francês, Robert Godin, em 1727, que a corte de D. João V acolheu favoravelmente. O alvará da criação da Real Fábrica das Sedas foi publicado em 13 de Fevereiro de 1734. O edifício, albergando a unidade industrial, foi concluído em 1741, na zona do Rato. Onze anos depois (1752), também em Fevereiro (20), saía uma lei régia a regular a comercialização da seda e a incentivar os portugueses à plantação de amoreiras, para alimentação do bicho-da-seda. Como se pode ver no título do folheto (4 páginas) da imagem seguinte.
Com o terramoto de 1755, a Fábrica das Sedas sofreu danos materiais e o Marquês de Pombal aproveitou o facto para reordenar a actividade, criando estatutos e encarregando Carlos Mardel de projectar e orientar a urbanização da zona envolvente. Esses estatutos (18 páginas) foram registados, em Belém, a 6 de Agosto de 1757. Conforme imagem.
Os dois folhetos in-fólio foram adquiridos, recentemente, por mim, ao preço total de 18 euros.
Que interessante! Bom dia!
ResponderEliminarDa leitura dos 2 documentos fica-se, realmente, com uma ideia abrangente desta actividade.
EliminarBom dia.
É uma zona de Lisboa da qual gosto muito.
EliminarA majestade do Aqueduto, a Mãe d´Água e o
agradável jardim das Amoreiras. Excelente
aquisição, sem dúvida.
Hoje a palavra subúrbio parece ter um outro
significado,mas em 1757 os espaços decerto
eram mais limitados. Gostei deste tema.
A zona, com o pequeno jardim por centro, foi também dos meus territórios preferidos, na segunda metade da década de 70, aonde levava a passear e brincar o meu filho mais novo. Traz-me, por isso, boas recordações.
EliminarE estes dois folhetos são elucidativos e curiosos.
A Praça das Amoreiras é um dos meus sítios preferidos de Lisboa.
ResponderEliminarEm 1770 houve uma reforma das freguesias de Lisboa e foi criada freguesia de São Mamede que passou do Termo de Lisboa a integrar a cidade. Não me lembro onde pertencia a zona das Amoreiras, mas penso que a São Sebastião da Pedreira que continuou a integrar o Termo de Lisboa.
Bom dia!
Agradeço, MR, a precisão das suas achegas.
EliminarA zona, com o pequeno jardim por centro, é um perímetro muito agradável e bonito.
Uma boa tarde.