sábado, 19 de janeiro de 2019

Filatelia CXXVI


A colecção de selos pode ter patamares muito diversos e especializações que o tempo vai permitindo, consoante o filatelista for, ou não, aprofundando os seus conhecimentos e as oportunidades surgirem, ao longo da sua vida. Desde que o interesse e a curiosidade se mantenham, ao longo dos anos.
Numa fase inicial, qualquer coleccionador procura livrar-se dos selos repetidos, trocando-os por outros, que não possua. É a forma prática de aumentar o seu conjunto, naturalmente.


No entanto, a fase clássica (até 1900) aconselha a conservação, na colecção, desses exemplares mais antigos. As irregularidades de fabrico, as variedades de cunho, os eventuais erros de impressão eram ainda frequentes nesse período do selo postal. Por isso, é vantajoso e útil, com a ajuda de bibliografia filatélica especializada, comparar esses exemplares clássicos, para averiguar as possíveis diferenças e anomalias de impressão.

Em 1979, tive oportunidade de comprar num sabedor e probo comerciante filatélico lisboeta, Adelino Cardoso, já falecido, uma extensíssima colecção de selos da ex-colónia de S. Tomé e Príncipe. Conjunto que pertencera a um diplomata português, que nos representara em Londres, nos anos 40. Esses selos, incluindo vários erros, tinham sido adquiridos, maioritariamente, na célebre casa Stanley Gibbons. Durante o PREC, e após a morte do Embaixador, a colecção fora vendida para Espanha, mas veio a ser readquirida por outro comerciante luso-espanhol, um pouco mais tarde, que, por sua vez, a revendera ao sr. Adelino Cardoso.
Deixo em imagem uma dupla do selo nº 145 (Catálogo Mundifil - 2015), com sobretaxa, em que o selo da esquerda apresenta as variantes do algarismo 5 (da sobretaxa) fendido, bem como de bandeira curta, o que o valoriza 4 vezes mais (100 euros) do que o seu congénere normal (25 euros), à direita.
Os selos da segunda e terceira imagens pertenceram à especializada colecção do referido diplomata português, que foi embaixador na Inglaterra.

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