Apesar de ter um valor meramente simbólico (cerca de 10 euros), o Prémio Goncourt é talvez o prémio literário mais prestigiado de França, pela isenção - fora dos circuitos editoriais - que preside à escolha do agraciado. O prémio criado em 1896, por Edmond Goncourt, em memória do seu irmão Jules, foi atribuído, pela primeira vez, em 1902.
O júri, integrando os nomeados da Academia Goncourt, reúne-se nas primeiras terça-feiras de cada mês, almoçando no Restaurante Drouant, em Paris, onde discute as opções sobre romances publicados em França. E, no início de Novembro, é anunciado o nome do escritor escolhido. O livro vem a constituir, normalmente, um best-seller. Alguns dos autores premiados foram: Marcel Proust, Malraux, Simone de Beauvoir, Vaillant...
Ao que parece, os académicos da Goncourt resistiram, talvez por não apreciarem, ou por lhes parecer moda passageira, a destacar obras da escola dita do Nouveau Roman mas, finalmente, em 1984, resolveram atribuir o Prémio Goncourt a Marguerite Duras, pela sua obra L'Amante. Ao que dizem as más línguas, por interferência exterior de François Mittérrand.
Na altura, Robert Sabatier não resistiu a lançar a diatribe assassina: On a donné Duras à Goncourt.
Desconhecia esta história, muito interessante. Não sou especialista em literatura e tenho gostos mais clássicos. Contudo, assumo que Duras é uma boa escritora e mereceu o prémio. O único livro que li dela foi o L'Amant que achei poético, belo, mas muito aborrecido... Desculpe a minha sinceridade! Bom dia!
ResponderEliminarNão há, Margarida, muita diferença entre o que sentiu a ler a Duras, e o que eu sinto. É certo que só li 3 ou 4 livros dela, mas não os apreciei por aí além. E também a acho fastidiosa, normalmente.
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