Não era La Boqueria, mas lembrava, apesar de mais recto e pombalino no traçado geométrico interior. A Teresa tinha a banca pequena bem fornida e a preços tentadores: o polvo, que este ano tem sido generoso a deixar-se apanhar, anunciava-se a 7 euros, os salmonetes e o linguado estavam classificados a 18. Mas fomos no atum, que estava fresquíssimo também e que, de cebolada, foi um pitéu dos deuses, banhado por um Arinto bucelense, Prova Régia, do ano que passou.
A senhora da Padaria, em bata imaculada, rilhou com a faca serrilhada, à minha frente, um bom naco de broa de milho, apetitosa, sobre a banca. E na mercearia, que faz esquina com a 24 de Julho,o empregado fatiou-nos, solícito, um salpicão róseo e limpo de gordura, para saborearmos logo à noite, com a broa.
Não será porventura o melhor de Lisboa, mas o Mercado da Ribeira, neste fim de Outubro luminoso, não precisa de puxar pelos pergaminhos: tem de tudo e de qualidade.
Pelo que vi foi um dia em cheio. :)
ResponderEliminarRealmente, este ano aparecem uns polvos decentes.
Tenho pena, mas não me dá jeito ir à Ribeira.
No que diz respeito à parte alimentar, o dia correu lindamente.
ResponderEliminarE o Douro Burmester tinto, que se abriu para a ceia ajantarada, mereceu o salpicão e a broa..:-)