De História, sou apenas um interessado amador ignorante e, por isso, confesso que fiquei extremamente baralhado ao ler, no jornal Expresso (suplemento Atual) de 5 de Outubro, uma entrevista a um reputado historiador, catedrático mas também romancista de horas vagas, sobre a controversa figura do Infante D. Henrique. Vou citar (sic):
"...Em 1522 começa (D. Henrique) a enviar homens para tentarem passar o Bojador.";
e, na página seguinte da Atual, aparece:
"O infante só recebe Sagres em 1493, nove anos depois de Gil Eanes ter passado o Bojador."
Vou ter de consultar alguma das Cronologias de Fernando de Castro Brandão para desfazer o nó da minha dúvida. Em História, sempre gostei da claridade dos textos.
Malditos revisores!
Ainda os há?
ResponderEliminarAhahah...acho que não deve haver revisor mas, o autor deve ser pouco 'especialista' são erros tão básicos que nem alunos História (eu) daria.
ResponderEliminar1434 - Gil Eanes dobrou o Bojador não imagino de onde vêm as outras datas... fiquei com curiosidade de saber quem foi esse catedrático.
Se há, MR, devem ser invisuais..:-)
ResponderEliminarEtiquetei: J.(oão) Paulo Oliveira e Costa. Mas custa-me muito a crer, Teresa, que o erro seja do Professor.
ResponderEliminarTenho por seguro que o ano da morte do Infante D. Henrique foi 1460. Nas datas da entrevista, os números são de caos absoluto. Não dá a bota com a perdigota - como diz o povo.
Estranhíssimo...
ResponderEliminarNa verdade... mas, dantes, os entrevistados tinham o cuidado de rever as provas, antes da publicação.
ResponderEliminarTambém me custa a crer que os erros sejam do Professor.
ResponderEliminarDemos o benefício da dúvida. Mas não se pode perdoar a falta de cuidado...
ResponderEliminarO mesmo professor, em entrevista televisiva, disse que a coleção de biografias dos Reis de Portugal, que codirigia, era completa: "que até tinha as biografias dos Reis Estrangeiros [sic]".
ResponderEliminarA afirmação não é lá muito feliz, realmente.
ResponderEliminarPor vezes, saltam números que não correspodem à verdade. Se uma pessoa anda a trabalhar uma época e tem de falar de outra... Mau é quando se fala, com convicção, do que se julga saber. Mas não é o tema do post.
ResponderEliminarAo que sei, JAD, não houve da parte do "Expresso", infelizmente, qualquer correcção destas enormidades "matemáticas", no jornal seguinte... O que diz tudo sobre a credibilidade e dignidade de um jornal.
ResponderEliminarMas, pelos vistos, o entrevistado também não se queixou.