quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Estes revisores de jornais...


De História, sou apenas um interessado amador ignorante e, por isso, confesso que fiquei extremamente baralhado ao ler, no jornal Expresso (suplemento Atual) de 5 de Outubro, uma entrevista a um reputado historiador, catedrático mas também romancista de horas vagas, sobre a controversa figura do Infante D. Henrique. Vou citar (sic):
"...Em 1522 começa (D. Henrique) a enviar homens para tentarem passar o Bojador.";
e, na página seguinte da Atual, aparece:
"O infante só recebe Sagres em 1493, nove anos depois de Gil Eanes ter passado o Bojador."
Vou ter de consultar alguma das Cronologias de Fernando de Castro Brandão para desfazer o nó da minha dúvida. Em História, sempre gostei da claridade dos textos. 
Malditos revisores!

12 comentários:

  1. Ahahah...acho que não deve haver revisor mas, o autor deve ser pouco 'especialista' são erros tão básicos que nem alunos História (eu) daria.
    1434 - Gil Eanes dobrou o Bojador não imagino de onde vêm as outras datas... fiquei com curiosidade de saber quem foi esse catedrático.

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  2. Se há, MR, devem ser invisuais..:-)

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  3. Etiquetei: J.(oão) Paulo Oliveira e Costa. Mas custa-me muito a crer, Teresa, que o erro seja do Professor.
    Tenho por seguro que o ano da morte do Infante D. Henrique foi 1460. Nas datas da entrevista, os números são de caos absoluto. Não dá a bota com a perdigota - como diz o povo.

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  4. Na verdade... mas, dantes, os entrevistados tinham o cuidado de rever as provas, antes da publicação.

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  5. Também me custa a crer que os erros sejam do Professor.

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  6. Demos o benefício da dúvida. Mas não se pode perdoar a falta de cuidado...

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  7. O mesmo professor, em entrevista televisiva, disse que a coleção de biografias dos Reis de Portugal, que codirigia, era completa: "que até tinha as biografias dos Reis Estrangeiros [sic]".

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  8. A afirmação não é lá muito feliz, realmente.

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  9. Por vezes, saltam números que não correspodem à verdade. Se uma pessoa anda a trabalhar uma época e tem de falar de outra... Mau é quando se fala, com convicção, do que se julga saber. Mas não é o tema do post.

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  10. Ao que sei, JAD, não houve da parte do "Expresso", infelizmente, qualquer correcção destas enormidades "matemáticas", no jornal seguinte... O que diz tudo sobre a credibilidade e dignidade de um jornal.
    Mas, pelos vistos, o entrevistado também não se queixou.

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