domingo, 27 de agosto de 2017

Ao anoitecer


Nos últimos dias, inesperadamente, tivemos na varanda a Leste uma invasão de formigas gigantes, ao contrário das habituais, que costumam ser minúsculas e pouco frequentes. Talvez a falta de água tenha provocado esta insólita migração. Uma  desceu, há pouco, do limeiro, e parecia com pressa...
Todo o horizonte está, porém, quieto, e apenas alguns cães, ao longe, com os seus latidos perturbam a vontade silenciosa do entardecer.
Já se recolheram as poucas aves da tarde, e uma aragem suave se levantou, talvez do Norte, para agitar, ao de leve, as folhas tenras da oliveira, na varanda.
Luzes vão despontando para a sua obrigação nocturna, aqui e ali. Como dantes, mais bruxuleantes, apareciam pela colina descendente de S. Roque, perto da Penha.
De súbito na rua (?) ouço uma voz rouca de mulher, praguejando.
Será chuva? Será vento?
É altura de eu recolher ao interior. Arrumo as coisas e apago a luz, na varanda a Leste, que a minha vocação é de paz - pelo menos, por hoje.

4 comentários:

  1. Até parece que a cidade partiu para "parte incerta"!
    Bom dia!

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    1. Verdade. É assim todos os dias..:-)
      Há quem sinta angústia com o anoitecer, mas eu sinto quase sempre um ameno apaziguamento.
      Uma boa semana!

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  2. Nada como a tranquilidade!

    Boa noite:)

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    1. É verdade, mas nem sempre é possível...
      Boa noite!

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