Aos que, ainda embrenhados no
universo da vida activa, imaginam a aposentação como a porta de entrada para um
mundo maravilhoso, declaro que poderão estar enganados e sofrer uma imensa
desilusão.
Designadamente se voltarem a enfrentar,
como foi o caso recente de uns arautos “pafuncianos”, uma campanha perversa
– persistente e prolongada – de “abate aos velhinhos” em defesa de uma pretensa
saúde pública de despesa.
Com efeito, o pessimismo
existencial, próprio da ordem matricial do envelhecimento, dispensaria, de
todo, os potenciais agravos supra mencionados.
Embora considerando os efeitos
perversos das circunstâncias acima mencionadas, julgamos que a actividade
mental e intelectual das pessoas colocadas no aposento não se deve orientar
pelo mesmo fechamento redutor e carente de princípios.
Assim sendo, e aproveitando
um acumular de informação ao longo de uma vida, parece que a investigação e sua
transformação em saber – útil e consistente – se devia orientar por preceitos
metodológicos essenciais, a saber:
1 – actualização das fontes,
em qualquer área do saber, indispensável para justificar novas contribuições ou
publicações;
2 – humildade, sentido
crítico e, sobretudo, independência e respeito face a investigações actualizadas ou controversas.
Só assim, a História do
Livro, ou qualquer outra área do saber, poderá ganhar com o acumular do “saber
de experiência feito”.
Post de HMJ
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