Se pensar em bibliotecas, para empréstimo ou leitura de livros, não me vêm à ideia, em primeiro lugar, a opulência e enormidade da Biblioteca Pública de Évora, nem a munificência rica da BNP, em Lisboa. Nem sequer a liberalidade solta de peias burocráticas da Biblioteca da Ajuda. Modestamente, retorno a Guimarães, à Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento onde, teria eu 16 anos juvenis, me puseram à disposição uma primeira edição de Francisco Manuel de Melo, seiscentista e rara, que eu folheei a medo e respeitosamente.
Para ser justo, irei ainda mais atrás, até a uma associação recreativa vimaranense que dava pelo nome de Os Vinte Arautos de D. Afonso Henriques, na rua Gravador Molarinho. Através de um amigo fiz-me sócio, teria pouco mais de 10 anos. Que, com uma magra mensalidade, me dava direito a um café por Esc. $70 e a partidas de matraquilhos a uma coroa. Também havia pingue-pongue, televisão grátis para todos os associados, e bilhar a 1$00. Num armário envidraçado, arrumavam-se quase duas centenas de livros, sobretudo de aventuras, que podíamos levar para casa.
Daí levei Os Três Mosqueteiros, Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelone, do mestiço e grande escritor Alexandre Dumas (pai), pouco a pouco, para, empolgadamente, os ler em casa. E que foram, com mais 4 ou 5 títulos, os livros que li, na adolescência. com maior prazer, seguramente.
A associação recreativa ainda lá está, na rua Gravador Molarinho. E recomenda-se. Noutras roupagens, é certo.
Porque hoje é o Dia Mundial das Bibliotecas...
Daí levei Os Três Mosqueteiros, Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelone, do mestiço e grande escritor Alexandre Dumas (pai), pouco a pouco, para, empolgadamente, os ler em casa. E que foram, com mais 4 ou 5 títulos, os livros que li, na adolescência. com maior prazer, seguramente.
A associação recreativa ainda lá está, na rua Gravador Molarinho. E recomenda-se. Noutras roupagens, é certo.
Porque hoje é o Dia Mundial das Bibliotecas...
Eu li muito do que havia em casa, e em casa dos meus amigos. A primeira biblioteca que frequentei foi a da Penha de França (havia pouquíssimas bibliotecas em Lisboa), onde eu requisitei muitos Dumas e outros livros de aventuras. Para além de Dumas, li com grande prazer Walter Scott, Emilio Salgari e Jules Verne. Lembro-me de ler estes dois autores nas férias, com grande empolgamento. Havia uma livraria no local onde eu passava férias que vendia Salgari e Verne e então era um desbaste...
ResponderEliminarBom dia!
O meu problema é que, por casa, tinha pouca coisa... Júlio Dinis, Junqueiro, pouco mais. Mas fui comprando. Amicis ("Coração"), veio por conselho amigo, Scott também, de Verne frequentei pouco. Salgari, acho, iniciou-me na BD.
EliminarBoa tarde!
Amicis também li, em miúda. Coração é um dos livros de que mais gosto. Nessa altura frequentava os Cinco, a Condessa de Ségur, etc. Um grupo de amigos (alguns perduram) que vivíamos muito perto trocávamos estes livros entre nós: a Biblioteca das Raparigas, a Biblioteca dos Rapazes, a Colecção Azul, os Cinco, os Sete, uma coleção da Clássica, duas da Civilização, etc.
EliminarBoa tarde!
Também andei pelos "Cinco" e pela Condessa, mais "O Pequeno Lorde"...
EliminarMas com muita BD brasileira à mistura.
Bom resto de fim-de-semana!
Eu ia à Biblioteca Gulbenkien, no mesmo edifício da Biblioteca Municipal, onde actualmente funciona o Centro de interpretação do Bordado de Castelo Branco. Inscrevi-me com 6 ou 7 anos e durante muitos anos era de lá que trazia quase todos os livros que lia. Alguns li-os mais que uma vez...
ResponderEliminarBom fim-de-semana:)
Não me tendo deixado grande coisa, quanto a livros, o meu Pai, recorri desde cedo a uma interessante, pequena, mas escolhida biblioteca de um Tio, por onde li todo o Eça e muito Rocha Martins, na juventude.
EliminarRetribuo os seus votos, cordialmente!
Não consigo precisar quando comecei a ler boa literatura.
ResponderEliminarMas lembro-me de Mark Twain, Dickens,E.Bronte. Para sempre
ficou-me o fantástico "Conde de Monte Cristo" em fascículos,
como nos anos 50, que julgo eu, seria mais económico que comprar
um livro. De biblioteca, fui leitora na Ericeira, durante alguns
anos, e ao ficar sozinha não mais lá voltei. Na passada semana passei
no Palácio Galveias e pareceu-me mais ampla e dividida por temas.
Hei-de lá voltar, pois tem muitos livros sobre Lisboa.
Nas Galveias, li eu uma grande parte da obra de Shakespeare, por alturas da Universidade. Ficou-me uma atmosfera agradável.
EliminarTambém li o "Conde de Monte Cristo" da biblioteca vimaranense que referi. E, depois, em BD brasileira. Gostei muito, também.
Hoje em dia, gosto também do ambiente da Biblioteca da Ajuda - muito tranquilo.